17/10/2025
Montenegro anuncia medidas na habitação: o
que muda para inquilinos e senhorios
O primeiro-ministro Luís Montenegro revelou, no final de
setembro de 2025, um conjunto de medidas que prometem impactar diretamente o
mercado da habitação em Portugal. O objetivo principal é facilitar o acesso a
imóveis a preços moderados, sobretudo para a classe média, promovendo um
mercado mais equilibrado para inquilinos e proprietários.
Deduções fiscais para inquilinos
Uma das principais novidades será o aumento das deduções
à coleta de IRS para inquilinos. A partir de 2026, os arrendatários de
habitações a preços moderados poderão deduzir até 900 euros dos encargos
com renda, e em 2027 este valor sobe para 1.000 euros. Esta medida visa
aliviar a carga fiscal sobre quem paga renda, incentivando o acesso a habitação
mais acessível.
Redução de impostos para senhorios
Para os proprietários, a taxa de IRS aplicada aos
rendimentos de arrendamento de habitações a rendas moderadas será reduzida de 25%
para 10%. A intenção é estimular o investimento privado no arrendamento,
contribuindo para uma maior oferta de imóveis com preços justos no mercado.
Reinvestimento e mais-valias
Outra mudança significativa diz respeito às mais-valias
na venda de imóveis. Se o valor obtido com a venda for reinvestido em
propriedades destinadas a arrendamento a preços moderados, os proprietários
ficam isentos de pagar IRS sobre essas mais-valias. Esta medida pretende
incentivar a construção de um parque habitacional mais acessível e dinâmico.
Simplificação dos licenciamentos
Montenegro anunciou ainda que será simplificado o
processo de licenciamentos no regime jurídico da urbanização e edificação,
encurtando prazos e tornando os procedimentos mais ágeis. Esta alteração deve
acelerar novos projetos e facilitar a construção de habitações adequadas às
necessidades do mercado.
O impacto esperado
Estas medidas combinadas têm como objetivo criar um equilíbrio
entre inquilinos e senhorios, promovendo o acesso a habitação digna e ao
mesmo tempo incentivando o investimento privado. Para os arrendatários, a
redução de encargos e o aumento das deduções representam um alívio financeiro
direto. Para os proprietários, os incentivos fiscais tornam o arrendamento mais
atrativo, especialmente em contratos de renda moderada.
Com estas iniciativas, o Governo procura equilibrar o
mercado imobiliário e estimular a oferta de casas a preços acessíveis, apoiando
tanto quem procura habitação como quem investe em imóveis